Escrever?

"Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga" (Gilles Deleuze)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Endless Love? não, obrigado.




Certa vez vi um filme que tinha como tema central, o amor;
Até aí nenhuma novidade, não é mesmo?
Mas seria um tipo de amor, o amor sem fim.
Obviamente, chamava-se Endless Love...
Acontece que o casal principal não termina junto.
Não porque seu amor tenha acabado; e, sim, devido a uma tragédia.
Mas não vou contar o filme está bem?
Porém, depois de muito tempo, entendi que são as pessoas que tem fim.
E o amor tem fim também. Quando uma pessoa que amávamos deixa de existir.
Não estou falando em morte no sentido literal, mas quando alguém morre só pra nós.
Morre por dentro entende? Deixar de amar é morrer um pouco por dentro.
E assim vamos matando pessoas e seus amores todos os dias.
Somos amantes assassino-masoquistas e vivemos de matar o que sentimos.
Nem estou me referindo à paixão, pois é um sentir mais complicado e efêmero.
Só que agora, antes de atirar-se ao amor, lembramos que somos assassinos de sentimentos.
Ainda bem que tudo tem dois lados e no meu ponto de vista, não mato pessoas.
Mato a mim mesmo. Mato meus sentimentos. O amor que mato é meu, não dos outros.
Seríamos portanto, samurais suicidas praticando uma espécie de “harakiri” egoísta.
E as pessoas não têm fim também não... Tipo, almas, tá ligado?
As pessoas morrem, mas continuam existindo, umas morrem só para nós.
A alma não deixa morrer. Nem a pessoa a qual não se ama mais, tampouco o amor.
Tão pouco o amor...
Por fim, sou um matador. Mato amores de vez em quando.
Mas mato em mim.
Pois o coração é meu.
Às vezes.