É... egoísta.
Coisa que procuro não ser, viu?
Pensando bem, às vezes parece até
fazer falta ser assim.
Uns dizem que é um defeito meu; chamam-no de falta de
ambição...
Que seja. Falta ou defeito, são meus, ok?
Só que eu mal comecei a escrever e já me perdi. Retorno então:
Hoje escreverei sobre mim...
Opa! Mim não é sujeito!
Escreverei sobre eu então.
Nossa! Ficou até pior escrito assim... Sobre eu...
Mim, eu, tanto faz...
O importante é que EU vou escrever sobre MIM de qualquer
jeito.
Mas na real, é porque estou de aniversário... Leonino, sabe
como é, né?
Nada. Eu sei... Não quer dizer nada...
Continuando então:
Já viu como existe um ditado. Um dito popular sobre quase
tudo que existe?
Neste meu 45º aniversário “não sei se estou completando um
ano a mais ou um ano a menos”.
Se é que dá para completar alguma coisa a menos...
Diz também o tal do ditado, que “A vida começa aos 40”
Completo 45. Tô morrendo já. Tá terminando. O texto também, fique tranquilo...
Fiz uns cálculos matemáticos aqui com meus borbotões (vide
Wikipédia)...
Tenho mais de 16 mil e 400 dias de vida terrena!
Mais de 394 mil horas de existência!
Se é que somei esda merta direito, é claro.
Convenhamos, dentre esses números, inúmeros deles eu perdi dormindo.
Tipo o ditado do cavalo de Emiliano Zapata, que diz que:
“Passa somente uma única vez à nossa frente”. No hay outra
chance.
Vários cavalos desses passaram à minha frente. Não um só.
Alguns eu consegui montar. Muitos mais deixei escapar.
Talvez não fossem meus.
E sempre procurei não ser egoísta. A maioria deixei passar
por que não consegui pegar.
Diz o ditado: (sempre ele) Que “O que se leva dessa vida é
a vida que se leva”.
Entonces, daqui há pouco fará meio milhão de horas que levo
minha vida por aí...
Quantas das tantas centenas de milhares de horas de minha
vida terei errado?
Quantas chances mais terei para errar novamente?
Quanto tempo desse tempo todo, terei perdido?
Quantos amigos terei feito?
Quanta coisa perdi...
Quanta coisa ganhei...
Quantas lembranças carregarei comigo?
Chega! Não quero mais pensar sobre isso caracas.
Finalizando, pois, usurpo mais um dito: “A vida é simples, a gente
é que empipoca ela”.
Mesmo minha vida não sendo nada simples, tenho que admitir: Eu empipoquei ela
várias vezes.
E se, no final, tenho o que comemorar?
Claro que tenho!
Meus filhos; família; amigos; emprego; saúde, etc...
Na real? Só tenho o que comemorar.
Sabe o que mais?
Tenho orgulho da pessoa que me tornei!
Não é o que mais se quer?
E o mérito todo de quem é?
Hein?
De quem? De quem?
Bom, quanto ao mérito...
Esse é todo da minha mãe.
Sim. Da minha querida e imortal mãe.
Sabe por quê?
"Por que Fruto bom não cai longe do pé”.
Por Alvaro Lucas
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