Escrever?

"Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga" (Gilles Deleuze)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

VIAJEI...

        

Viajei por   entre corpos, rostos, sentimentos, risos, lágrimas e dor, e sem perceber fui me perdendo como que em um enorme e escuro labirinto.
Como de repente, do nada, lá estava eu. Sufocada, apavorada, sem ter forças e nem certeza se queria retornar. Afinal, não vamos a lugar nenhum!?. Ou vamos!?
O pânico se instala como um grande fantasma de vestes negras e fita-me longamente, como se me dissesse: - Vais ou ficas? E mesmo que no ultimo fôlego, no último resquício de forças, arrasto-me, busco-me e encaminho-me para fora, para a saída deste desesperador labirinto. Turbilhão de pensamentos, mágoas, angustias e dor. Preciso saber que lá fora a luz me aguarda, a vida me espera, que há mais, ainda há o que ser vivido.
E o tempo!? Não há de ser contado. Apenas passado, presente, o agora. Amanhã? Quem sabe?
Equilíbrio, equilíbrio é o que busco incansavelmente  nesta viagem.
 Os caminhos são muitos e são árduos, os caminhantes, assim como eu, também são muitos.
Quero tão pouco e é o tudo, o muito, busco a paz.
Estou voltando... Agarro-me às mãos que me amparam, abraço-me aqueles que me tem saudades, aqueles para quem faço falta.
Estou voltando, preciso correr para não sucumbir à inércia, ao desanimo.
E como em um parto sofrido, explodo novamente para a vida.
Viajei, mas estou voltando.


 .
                                                                                                   MRubiaMartins

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