Viajei por entre
corpos, rostos, sentimentos, risos, lágrimas e dor, e sem perceber fui me
perdendo como que em um enorme e escuro labirinto.
Como de
repente, do nada, lá estava eu. Sufocada, apavorada, sem ter forças e nem
certeza se queria retornar. Afinal, não vamos a lugar nenhum!?. Ou vamos!?
O
pânico se instala como um grande fantasma de vestes negras e fita-me longamente,
como se me dissesse: - Vais ou ficas? E mesmo que no ultimo fôlego, no último
resquício de forças, arrasto-me, busco-me e encaminho-me para fora, para a
saída deste desesperador labirinto. Turbilhão de pensamentos, mágoas, angustias
e dor. Preciso
saber que lá fora a luz me aguarda, a vida me espera, que há mais, ainda há o
que ser vivido.
E o
tempo!? Não há de ser contado. Apenas passado, presente, o agora. Amanhã? Quem
sabe?
Equilíbrio,
equilíbrio é o que busco incansavelmente nesta viagem.
Os
caminhos são muitos e são árduos, os caminhantes, assim como eu, também são
muitos.
Quero
tão pouco e é o tudo, o muito, busco a paz.
Estou
voltando... Agarro-me às mãos que me amparam, abraço-me aqueles que me tem
saudades, aqueles para quem faço falta.
Estou
voltando, preciso correr para não sucumbir à inércia, ao desanimo.
E como
em um parto sofrido, explodo novamente para a vida.
Viajei,
mas estou voltando.
.
MRubiaMartins
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