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E mais uma coisa: havia um livro aberto sobre a mesa. Nesse café ninguém jamais abrira um livro sobre a mesa. Para Tereza, o livro era o sinal de reconhecimento de uma fraternidade secreta. Contra o mundo de grosseria que a cercava, não tinha efetivamente senão uma arma: os livros que pedia emprestados na biblioteca municipal; sobretudo os romances: lia-os em quantidade, de Fielding a Thomas Mann. Eles não só lhe ofereciam a possibilidade de uma evasão imaginária, arrancando-a de uma vida que não lhe trazia nenhuma satisfação, mas tinham também para ela um significado como objetos: gostava de passear na rua com um livro debaixo do braço. Eram para ela aquilo que uma elegante bengala era para um dândi do século passado. Eles a distinguiam dos outros." (A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)
Através de uma escrita que habita os espaços dos blogs literários, este projeto pretende fazer pensar caminhos outros para uma educação que se relacione com as possibilidades advindas das novas tecnologias de informação e comunicação. Outro olhar para a formação das subjetividades blogadas. Discorremos sobre uma ideia de formação atravessada e arejada pela Literatura, Arte e Filosofia da Diferença que pense o saber para além da cientificidade.
Escrever?
"Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga" (Gilles Deleuze)
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